quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu irei voar...


"Sei exatamente como é começar um projeto e gostar mais dele do que da pessoa que o inspirou." Sophie Calle
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Um dia isso tudo será visto.
Talvez neste dia algumas pessoas saberão o quanto foram importantes e o quanto poderiam ter sido mais importantes ainda, mais queridas, diria ainda: fundamentais em minha vida e não o foram pelo simples fato de estarem preocupadas com coisas que não a levariam a nada, com valores sem importância e com medos infantis.
Mas não posso, por tudo que é mais sagrado, continuar ainda acreditando que sou apenas isso, que tudo tem que girar em torno disso. Vejam, o mundo é grande e eu preciso voar. Sem amarras e sem concessões quero ser algo maior, quero voar.
Obrigada. Amar-te teria sido a coisa mais facil do mundo e a mais prazeirosa. Mas pra algumas coisas, infelizmente, ainda se precisa de dois.
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"Eu não quero ser adorada. Eu quero ser amada" - Antes que termine o dia

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Não se esqueça que te amo!



“We were both young when I first saw you
I close my eyes and the flashback starts (...)
Little did I know, That you were Romeo (...)
Romeo take me somewhere we can be alone
I'll be waiting all there's left to do is run”
(Love Story)


Silêncio, cheiro, respiração, calor, pele, lágrimas, sorriso, olhos e olhares.
Existem palavras que não se adequam ao momento, atitudes que não se explicam e gestos que não são traduzíveis, apenas o olhar fala, e o olhar é traidor eu sei, mas hoje quero acreditar que ele não possa ser, pois apenas com ele eu posso dizer que te amo.
Amo tão grande, tão intenso e tão puro que não se pode falar, meu silêncio é minha palavra sagrada de amor. Guarda meu silencio, ele é a prova do que realmente me importa, do que sinto. Minhas lagrimas são minha confissão. Guarda também minhas lágrimas em teu coração.
Pela primeira vez não sei e isso me faz mais forte, me faz maior. Porque quero apesar de não saber, e isso é algo difícil pra alguém que sempre tem tudo planejado e assegurado. Não me importo. Não sei e, no entanto, quero, quero intenso, mas também quero simples e calmo.
Quero pelo simples motivo de precisar. Choro lágrimas doces e felizes porque amo. Dou-me de corpo e alma já que não posso evitar. Alegro-me por confiar. Confio no olhar e no que vivemos até hoje, é tudo que me resta, apego-me aos olhares e aos detalhes.
E naquele momento eu realmente achei que não precisaria dizer, que não devia dizer, mas ainda que eu não fale: não se esqueça que te amo.

"Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. Tu tornas-te um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que nunca podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real, entre nós dois? Dificílimo contar: olhei pra você por uns instantes, tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita... Eu chamo isso de estado agudo de felicidade."
Clarice Lispector

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Das coisas que quero!


“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” C.L.

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Quero um homem que seja homem, uma vida que seja inusitada, uma alegria que seja extasiante, um amor que me tire o fôlego, uma dança, um beijo, um cheiro, um doce, quero tudo e quero agora.
Não quero pouco, não quero migalhas e nem metades. Quero o tudo e o profundo, o inteiro e o que sobrar. Não tenho culpa de ser mimada e de querer apenas o mundo de presente.
Não, não precisa ser pra sempre. Tudo que é pra sempre acaba sendo meio morno - meio frio – e eu quero o quente, quero pegando fogo. Quero hoje, amanhã não me seduz, só quero que seja completo, de resto minha criatividade é que conduz.

"Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte."
Fernanda Mello