sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Um simples presente para quem me deu tudo!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Eu irei voar...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Não se esqueça que te amo!
I close my eyes and the flashback starts (...)
Little did I know, That you were Romeo (...)
Romeo take me somewhere we can be alone
I'll be waiting all there's left to do is run”
(Love Story)
Silêncio, cheiro, respiração, calor, pele, lágrimas, sorriso, olhos e olhares.
Existem palavras que não se adequam ao momento, atitudes que não se explicam e gestos que não são traduzíveis, apenas o olhar fala, e o olhar é traidor eu sei, mas hoje quero acreditar que ele não possa ser, pois apenas com ele eu posso dizer que te amo.
Amo tão grande, tão intenso e tão puro que não se pode falar, meu silêncio é minha palavra sagrada de amor. Guarda meu silencio, ele é a prova do que realmente me importa, do que sinto. Minhas lagrimas são minha confissão. Guarda também minhas lágrimas em teu coração.
Pela primeira vez não sei e isso me faz mais forte, me faz maior. Porque quero apesar de não saber, e isso é algo difícil pra alguém que sempre tem tudo planejado e assegurado. Não me importo. Não sei e, no entanto, quero, quero intenso, mas também quero simples e calmo.
Quero pelo simples motivo de precisar. Choro lágrimas doces e felizes porque amo. Dou-me de corpo e alma já que não posso evitar. Alegro-me por confiar. Confio no olhar e no que vivemos até hoje, é tudo que me resta, apego-me aos olhares e aos detalhes.
E naquele momento eu realmente achei que não precisaria dizer, que não devia dizer, mas ainda que eu não fale: não se esqueça que te amo.
"Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. Tu tornas-te um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que nunca podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real, entre nós dois? Dificílimo contar: olhei pra você por uns instantes, tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita... Eu chamo isso de estado agudo de felicidade."
Clarice Lispector
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Das coisas que quero!
Não quero pouco, não quero migalhas e nem metades. Quero o tudo e o profundo, o inteiro e o que sobrar. Não tenho culpa de ser mimada e de querer apenas o mundo de presente.
Não, não precisa ser pra sempre. Tudo que é pra sempre acaba sendo meio morno - meio frio – e eu quero o quente, quero pegando fogo. Quero hoje, amanhã não me seduz, só quero que seja completo, de resto minha criatividade é que conduz.
"Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte."
Fernanda Mello
sábado, 26 de setembro de 2009
“La peau morte des émotions d'autrefois."
Sem ti as emoções de hoje são apenas pele morta das emoções de ontem, isso sim.
Tudo que projeto de amor, de paixão, de tesão vem inspirado em qualquer coisa que tive contigo – digo sobre todas aquelas coisas que não eram nem amor, nem paixão e nem tesão, mas sim aquilo que eu julgava ser todas estas coisas, aquilo que vinha com um misto de necessidade e supérfluo, de querer para sempre o que não se suportava por mais de meia hora.
As minhas experiências, todas, sempre comparadas a ti fazem-me avaliar como eras pouco e vazio e, no entanto, ando por ai procurando alguém que seja um pouco “pouco e vazio”, e quando não encontro, visto-me, eu mesma e com orgulho, de “pouca e vazia” pra algum outro... e magôo, tal como já fui magoada, só assim sei amar, só assim aprendi.
Transformei nosso amor em pele morta e quando percebi estava, eu também, às vezes um pouco pele, às vezes um pouco morta.
Quando resolvo ser pele, quando aventuro-me, quando vou, quando te esqueço... eu já nem sei quem sou, sou outra, sou qualquer uma. Porque a "qualquer uma" de mim gosta de aventuras e de alegria, gosta de sentir o gosto do perigo, acha tudo inevitável. A "qualquer uma" não tem medo de ferir, nem de ser ferida, vive o feliz e o presente. Mas a "qualquer uma" adormece, esquece, e volto a ser eu, incompleta e sem referências.
Volto a querer bem menos do que mereço... lembro de ti.
“Experimento pessoas como experimento comida baiana, “tá, deixa eu ver que gosto tem, mas não muito pra não morrer aqui, longe de casa, debaixo desse sol e dessa alegria”.”
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ponto de Partida!
(ou "Porque avançar as vezes é retroceder e voltar ao mesmo lugar nem sempre é recuar")
Blair: Sentimentos nunca fazem . Eles te deixam confusa. E a levam por um caminho todo, só para te largar onde começou”
Eu sei que estou no mesmo lugar que estava há cinco anos, mas também sei que não sou a mesma de cinco anos atrás.
Eu sei que não ficaste comigo, mas também sei que não me deixaste sozinha, porque tenho muito, tenho até demais.
E sei também que você está ali parado, não sozinho e não igual, exatamente como eu, e, no entanto, algo em nós, apesar de iguais, não se completa mais, não combina, não faz sentido e não me satisfaz.
E eu que te conhecia, que sabia e que sentia, não sinto mais, não posso e não quero. O que era você ficou, o que era eu fugiu,
ou vice-versa,
tanto faz.
“Donna: Well, I'm expecting somebody.
Frank: Instantly?
Donna: No, but any minute now.
Frank: Any minute? Some people live a lifetime in a minute.”
terça-feira, 8 de setembro de 2009
"Mariana foi pro mar"
Tudo que ela deixava para trás na verdade era nada, porque sentimento não se pode tocar e tudo que é físico, na verdade, não pertence a ninguém, tudo é passageiro. Como ela não queria sentir então abandonava cada pedaço do que sentia pelo longo caminho que o carro fazia.
No segundo dia ela andou pela praia. Sentiu-se acolhida pelo mar, abandonado por causa da ressaca. O mar, quando fica de ressaca, devolve à terra tudo que lhe fizeram de mal, devolve a sujeira, devolve o feio, devolve para então se ressurgir.
Logo que ela tocou seus pés no mar, eles se entenderam, mulher e mar , ambos se encontravam numa mesma energia – o vazio, a calma, o vento, a força. Sem pensar então ela firmou e fincou seus pés na areia úmida e grossa, lembrou-se do querer ressurgir da terra, mas descobriu-se ali ser feita de fogo, é o fogo que precisa da água pra mostrar-lhe o tempo de parar. Ela ficou por ali muito tempo. Ela entendeu.
No terceiro dia ela sabia as respostas. Percebera que na história de seu primeiro livro, quando criança, ela se confundira sobre qual era seu personagem e ficou enganada por todo o tempo seguinte: ela não era o menino que fica na estação a espera do seu primeiro amor – que apenas viu passar no trem – ela era a menina que passava, era aquela que estaria no trem indo pra lugares que ninguém sabe, era quem deixa saudades, era o que sempre deveria ser: a verdadeira protagonista da história (porque histórias de criança não deveriam ser feitas pra fazer chorar, deveria ensinar como sorrir, mesmo quando o assunto é amor, ou então, principalmente neste assunto). Ela aprendeu.
Ela era feita de fogo, que se alastra e que invade. Ela sabia que o mar sempre existiria para fazê-la parar, mas o mar, livre da ressaca, lavou-a com água limpa dizendo que ressaca deve vir apenas no segundo dia, não mais que isso. Então ela aceitou e seguiu viagem. Seguiu com a certeza de que apenas o mundo lhe seria suficiente para preenchê-la, que precisava de algo mais, de muito mais. Seguiu mirando seu olhar pra direção correta: pra onde era levada, pra onde se levava.