sábado, 26 de setembro de 2009

“La peau morte des émotions d'autrefois."



Sem ti as emoções de hoje são apenas pele morta das emoções de ontem, isso sim.
Tudo que projeto de amor, de paixão, de tesão vem inspirado em qualquer coisa que tive contigo – digo sobre todas aquelas coisas que não eram nem amor, nem paixão e nem tesão, mas sim aquilo que eu julgava ser todas estas coisas, aquilo que vinha com um misto de necessidade e supérfluo, de querer para sempre o que não se suportava por mais de meia hora.
As minhas experiências, todas, sempre comparadas a ti fazem-me avaliar como eras pouco e vazio e, no entanto, ando por ai procurando alguém que seja um pouco “pouco e vazio”, e quando não encontro, visto-me, eu mesma e com orgulho, de “pouca e vazia” pra algum outro... e magôo, tal como já fui magoada, só assim sei amar, só assim aprendi.
Transformei nosso amor em pele morta e quando percebi estava, eu também, às vezes um pouco pele, às vezes um pouco morta.
Quando resolvo ser pele, quando aventuro-me, quando vou, quando te esqueço... eu já nem sei quem sou, sou outra, sou qualquer uma. Porque a "qualquer uma" de mim gosta de aventuras e de alegria, gosta de sentir o gosto do perigo, acha tudo inevitável. A "qualquer uma" não tem medo de ferir, nem de ser ferida, vive o feliz e o presente. Mas a "qualquer uma" adormece, esquece, e volto a ser eu, incompleta e sem referências.
Volto a querer bem menos do que mereço... lembro de ti.

“Experimento pessoas como experimento comida baiana, “tá, deixa eu ver que gosto tem, mas não muito pra não morrer aqui, longe de casa, debaixo desse sol e dessa alegria”.”


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