domingo, 17 de maio de 2009

Surto breve de saudade!



“Mas o tempo todo, ainda, converso e te mostro tudo, o tempo todo. O tempo todo. O tempo todo. Não porque sou sozinha. Não porque era menos sozinha com você. Apenas porque apenas. “ (Tati Bernardi)

E quanto mais eu fico feliz, quanto mais as coisas dão certo, quanto mais eu aprendo a viver sem você, mas eu faço questão de te ter do meu lado. Eu realmente não preciso de ti pra ser feliz, mas eu quero tanto compartilhar todo este turbilhão de alegria com você.
Quero mesmo te dizer que encontrei pessoas que gostem de mim, amigos que me fazem sentir completa, que minha família é linda e iriam adorar te conhecer. Quero te contar que minha vó está melhor e eu estou animada com a recuperação dela. Quero fazer uma grande festa e convidar todos os seus amigos, agora eles podem falar as besteiras de sempre que eu não me importaria, porque descobri que sou igualzinha a eles. Quero viajar com você, falar besteira, viver leve (aprendi a ser leve e estou me adorando deste jeito), quero ter uma vida ao seu lado sem querer nada em troca, e quero te amar, simples e intensamente, com tudo que temos direito, porque descobri que a vida é uma só e precisamos apenas viver. Quero e quero tanto, e no entanto não posso nem te falar o quanto quero. Agora é tarde.
Fui muito ingênua em acreditar que um amor tão longo e forte iria se acabar assim, com a simples resolução do “é assim que tem que ser”. Realmente é assim que tem ser, acabou, é fácil de entender, mas porque então me sinto tão vazia?
Resolvi sentir, aproveitar e me apaixonar todos os dias, quando não me apaixono por outros então tenho a opção de me apaixonar por mim mesma, e descubro o quanto sou apaixonante, afinal de contas, me faz muito bem estar apaixonada por mim. E me engano, uma vez mais, porque estas paixonites não me fazem te esquecer.
Não te esqueci e talvez nunca te esqueça, preciso aprender a conviver com isso e me libertar da necessidade que tenho de você. Mas não tenho receita disso, não sei fazer isso... Sei me divertir, sei amar, sei ser forte, ser inteligente, ser mulher.... Mas não sei ser alguém que não te ama.
Ninguém entende, todo mundo no fundo me julga um pouco maluca por te amar tão platonicamente, por ter uma vida linda e não conseguir te esquecer. É que, infelizmente, te arrancar de mim não é como arrancar um dente, dolorido mas definitivo, é algo que fica aqui, às vezes quietinho e outras corroendo tudo por dentro.
Eu só queria um fim, não me importaria se fosse dolorido ou apaixonante, mas apenas me libertar desta necessidade de você. De querer sem nem saber o porquê. Desta maluquice toda.

Ufa! Desabafei, passou... agora posso voltar pra minha vida feliz em que finjo nunca ter te conhecido.
Até o próximo surto de saudade.

"(...) por que se eu sou feliz com a vida que tenho você me faz tanta falta?" (idem)


Um comentário:

  1. "Sei me divertir, sei amar, sei ser forte, ser inteligente, ser mulher.... Mas não sei ser alguém que não te ama."

    éé.. Falou tudoo!
    Mas tá, passou.. Vamos voltar pra nossa vida feliz.

    ResponderExcluir