quinta-feira, 19 de março de 2009

Recordando uma despedida!


“Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro,
que passa de você pra mim
num fluxo perfeito”
(Equalize – Pitty)


“Agora é tarde demais” disse ela com os olhos fechados de quem pede um beijo.
Ele não a beijou, não percebeu que as vezes o corpo fala mais que as palavras, que o que se fala, em muitos casos, é exatamente o oposto do que se quer dizer.
Por alguns momentos olhando-a, ele sentiu o fato de não ser mais amado por aquela que nunca o deixaria de amar.
Ela o amava, naquele instante, ainda mais que toda a vida, talvez pelo fato de teu coração ter dançado um tango a espera do beijo que não veio.
Ele partiu triste, ela o acompanhou com seu olhar, cada passo, como se olhar pudesse dizer adeus.
Acompanhou-o até que não o podia ver mais. A garganta, a lágrima, o olhar, a imobilidade... tudo ali mostrava o quanto ela era forte e orgulhosa demais para assumir seu amor.
Ela correu na direção dele, mas ele já havia ido.
Eles sabiam que aquilo não tinha acabado.
Eles tinham música, tinham historias, tinham carinho, tinham lembranças... e tinham uma vida inteira para o reencontro.

"Acho que a gente passou mais tempo se despedindo do que ficando junto..." (Albergue espanhol)

"E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento" - Tati Bernardi

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